segunda-feira, 26 de julho de 2010

Um pouco do que vi - Parte II

Admito a minha ousadia de exprimir meu ponto de vista sintético sobre os filmes que assisti recentemente. São só percepções, nada demais, estou longe de ser "a" crítica de cinema e nem tenho pretensão para tal.

O Solista

Esperava muito para ver esse filme. Perdi as sessões no Cine Estação (Belém- Estação das Docas)e não resisti quando o vi na banquinha da Rua Augusta. O filme trata-se de um repórter especial, Steve Lopez (Robert Downey Jr), do jornal Los Angeles Times que vive a procura de histórias interessantes para colocar em sua coluna. Como era muito dedicado ao trabalho, a vida pessoal era uma tragédia, pai ausente, separado da mulher, que porventura, era a chefe dele.
Certo dia, voltava do trabalho e viu um sem teto, Nathaniel Ayers (Jamie Fox, o mesmo que interpretou Ray Charles) tocando um violino divinamente e após falar com ele, notou-se que ele era muito confuso.
Com um bom faro jornalístico percebeu que estava diante de algo totalmente original e que poderia lhe render muitas vendagens de jornal e popularidade.
Detectei muitos erros no que se refere à prática e à ética jornalística. Primeiro, ele se envolve muito com o caso e depois não consegue se desvincilhar. Segundo, em nenhum momento, tenta procurar ajuda para tratar do sem teto, que era esquizofrênico. Terceiro, tenta explorar a todo custo o talento de Nathaniel, sem se importar com o bem estar dele.
Mas por outro lado, o filme mostra uma realidade dos Estados Unidos, em especial de Los Angeles, os abrigos para sem teto e toda a dinâmica deles, é até um pouco parecido com a Cracolândia daqui. Há mais de 90 mil sem teto no país. Dados estatísticos, muito importantes, quando se trata de um país conhecido por ser a super potência do mundo.
Impressões pessoais: O filme é muito bom, tem ótimas atuações. Com destaque merecido para Jamie Fox, que com licença da palavra, é um "puta" ator (não tinha uma palavra melhor, para enfatizar a minha empolgação, peço desculpas). No entanto, esperava muito mais do filme. No final fica uma dúvida no ar: será que Nathaniel terá tratamento e acompanhamento médico?

À prova de Morte - Quentin Tarantino

Esse filme, vi no cinema. Confesso que não sou fanática pelo cineasta, como costumam ser as pessoas que assistem aos filmes dele. Do Quentin Tarantino gosto muito de Bastardos Inglórios, Pulp Fiction (é sensacional e dispensa comentários)e agora À prova de morte
. E não aguento o Kill Bill parte I e muito menos a parte II, apesar de ser considerado por muita gente, como o melhor filme do cineasta, não gosto do ritmo do filme e tampouco das atuações. Uma Thruman pra mim é sofrível.
Bom, comentários "ligianos" à parte, vamos analisar o filme "À prova de Morte". No cinema, ri tanto, mais tanto, que o meu maxilar doía muito e estava adormecido quando saí de lá.
É um filme mais voltado para o que chamo de "mulherzinha", mostra dois grupos de jovens de 23 anos para cima, que tinham muito em comum e a conversa principal entre elas era a vida sexual, homens, bebidas, baladas, drogas e carreira. Até aí, parece aqueles filmes norte-americanos babacas que mostram a curtição da mulherada de short e top, regado a muita maconha e álcool. Mas, eis que aparece o Dublê Duke, um psicopata, que sai tingindo a telona com muito sangue e violência, mostrados detalhadamente sob a ótica de Quentin Tarantino. Afinal, isso é uma marca registrada dele. Um filme tosco e de terror, diz a sinopse, mas que na verdade, de terror não tem nada. Para mim é uma comédia do início ao fim.
Observação relevante: As atrizes do filme são aparentemente normais, sem aqueles corpos esculturais da maioria das estrelas de Hollywood. E isso faz com que todas nós,reles mortais e portadoras de celulite, do outro da lado da telona, nos identifiquemos com a estória contada por elas.

Plano B com Jennifer Lopez

Esse filme é, sem dúvida, o menos rico nos quesitos roteiro, atores e direção. Mas sou a favor, de ver filme sob qualquer hipótese. Esse, em particular, é aquele filme
que pode ser visto com intuito de relaxar, ir depois de um dia estressante. Também é um filme de "mulherzinha", porque a personagem da atriz e cantora Jennifer Lopez resolve ter um filho por meio de métodos não convencionais. Era uma dona de um pet shop, solteirona que havia desistido de procurar o "amor ideal". Mas quando sai da clínica de inseminação artificial, encontra o amor da vida dela. É uma típica comédia romântica, porém com texto e diálogos inteligentes.
Esse tipo de filme, não tem erro. Tem início, meio e fim. Diverte e não acrescenta nada à sua vida, exceto o fato de você ver um filme bonitinho com um ator lindo e maravilhoso, Alex O'Loughlin, e voltar para casa, suspirando, idealizando um igualzinho para você. E o mais importante de tudo, é ter consciência de que não viu "o filme", mas pelo menos limpou a vista. E assim, poderá dormir feliz.

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