sexta-feira, 23 de julho de 2010

Um pouco do que vi - Parte I

Quinta-feira à noite. Primeira vez na semana, fui direto para casa. Pensei em estudar (apesar de precisar muito, ando sem concentração e muito cansada), ler um livro, ficar na internet, enfim, não quis fazer nada disso. Fui guardar uns trocados na bolsa e lá deparei-me com dois filmes que havia comprado na quarta-feira na Rua Augusta, em São Paulo. Há muito tempo queria vê-los. "Julie & Julia" e "O Solista". Escolhi o primeiro, estava ansiosa para assisti-lo. Em algumas partes do filme, o áudio estava estourado e não havia legendas em português. Como o adquiri por meios proibitivos e paguei caro (literalmente) por isso, fiquei chateada e tentei interromper o filme e dormir com raiva do vendedor, pensando seriamente em voltar lá no dia seguinte e pedir meu dinheiro de volta.
Mas, como provavelmente, as chances de encontrá-lo de novo são quase nulas, aproveitei para treinar minha audição em inglês e diminui o volume do áudio no notebook, que melhorou um pouquinho, mas tudo bem, eu nem estava no cinema, não poderia exigir muito.
Julie & Julia, um filme baseado em uma história real, dirigido por Norah Ephron e estrelado por Meryl Streep e Amy Adams, é um filme light com um roteiro fabuloso e delicioso, trocadilho infâme, mas quem o assiste, fica com vontade de comer, mesmo se já o tivesse feito. É muito bom ressaltar que o filme é dedicado a mulheres, recém-casadas, solteiras e sem empregada. Ou para qualquer pessoa que sonha em cozinhar um dia, cozinhar divinamente, aquela comida que merece virar capa de revista culinária ou participar de um programa de televisão matinal.
A atuação de Meryl Streep, na minha opinião, foi muito caricata. Ela adotou o sotaque de uma inglesa que quer ser francesa com uma voz meiga, estridente e muito solícita, daquelas que desconfiamos muito, por ser muito boazinha, simpática com todo mundo. No meio do filme, a vontade é de estrangulá-la de tão doce e açucarada que ela se transformou. Mas, ainda assim, continua sendo a Meryl Streep, uma atriz talentosíssima.
Enquanto que a Amy Adams, que também fez o filme "Dúvida" e contracenou com Meryl Streep. No J&J, as duas não contracenam diretamente, mas conseguimos perceber que elas estão ligadas uma a outra, sem terem trocado uma palavra. Amy Adams caprichou no papel e interpretou uma mulher recém-casada de meia idade fracassada profissionalmente e que vê nos livros de culinária de Julia Child(Meryl Streep) uma razão para viver e principalmente, aprender a cozinhar. Para mim, a atriz foi uma grande surpresa, porque honestamente, não esperava muito da atuação dela, e admirei-me. Amy Adams também é uma grande atriz, e para mim, foi o destaque do filme.
As "Js" tinham maridos maravilhosos, atenciosos, companheiros, que as apoiavam incondicionalmente. Nem preciso escrever (mas já escrevendo) que só com muito exagero para os telespectadores acreditarem de verdade nisso. Não que seja impossível,ter homens assim, quase perfeitos e santos do lado de uma mulher, mas foi muito forçado e inverídico.
No entanto, mesmo com todos esses "poréns", o filme é muito bom. E no final, dá vontade de inscrever-se em um curso de culinária e permitir-se sonhar com os homens mais legais do planeta e por um lapso profundo do seu subconsciente, desejar sequer um dia, que eles estejam ao seu lado.

Nenhum comentário: