quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Profissional X Pessoal - um desabafo

Dá para ser totalmente profissional no trabalho? Dá para ser totalmente "pessoal" nas horas vagas, nos finais de semana ou nas férias?
Para algumas profissiões, no meu caso, o jornalismo. Em determinados segmentos da área de comunicação, o trabalho e o entretenimento confundem-se, principalmente, na área de web, os chamados "analistas de mídia social" -as nomenclaturas são bem criativas.
Esses profissionais utilizam as ferramentas das redes sociais, como Twitter, blogs, Orkut, Facebook, Youtube, Blip.fm, etc - em um primeiro contato são vistas somente para uso do lazer, do entretenimento, mas pasmem, as redes sociais podem e já são bem mais que isso, são suportes de monitoramento e estratégia de comunicação-. Ao mesmo tempo, também usam os emails pessoais, hotmail e gmail, para fins de trabalho ou não.
A questão é, quem afinal, fica 24 horas trabalhando direto, sem virar o rosto e falar com o colega do lado, conversar com os amigos que moram perto ou longe, com a família, em uma época em que a a convergência das mídias está muito avançada.
Como dizem, muitas revistas semanais, "SOMOS A GERAÇÃO Y" - que adoram criar rótulos e categorias, como se isso fosse ajudar os leitores a entender melhor sobre determinado assunto.
As empresas, de um modo geral, sem querer focar somente as empresas de comunicação, tendem a retroceder quando bloqueiam para seus funcionários o acesso as redes sociais e a checagem de emails pessoais. Tudo bem, tem gente que alopra, esquece do trabalho e se distrai, mas que tal as empresas criarem um manual de uso, para que essas pessoas sem noção nenhuma da realidade tomem juízo e amenizem no uso das redes sociais.
As pessoas, os funcionários precisam saber como utilizar da melhor maneira possível as redes sociais, mas para isso, eles precisam ser orientados pela empresa, já que como todos sabemos, as empresas tem seu "DNA" e seus donos, portanto, os funcionários precisam obedecer um certo padrão. Não adianta a empresa bancar a mãe raivosa e proibir de vez o acesso a tudo e deixar os empregados abitolados no trabalho, porque dessa forma, as pessoas vão ficar desmotivadas e o resultado do trabalho, talvez, não será tão bom, como poderia ser, se a criatividade fosse incentivada com a liberdade de passear pela internet sem restrição. Exceto, para os workalic de plantão, os únicos beneficiados.
Já era o tempo do chicote e da escravidão. Agora é a era da comunicação, da liberdade de acesso à internet e de expressão. Enquanto, os patrões e as empresas não visualizarem isso, sempre haverá um embate, entre empregador e empregado, mercado e universidade. O certo seria ambos se complementarem e não, divergirem.

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